Resenha: As Crônicas de Narnia de C.S. Lewis

É do municipio sim, e dai?? Não é livro?? Tô ignorante, algum problema?? kkkk

Hoje, a resenha de um livro para crianças lido por adultos, que foi a escrito á vários anos e nunca deixou de ser atual (nossa, que clichê!), do qual não vale nada fazer esse suspense todo pois vocês já sabem pelo titulo de quem eu falo: As Crônicas de Nárnia De Clive Staples Lewis, mas conhecido como C.S Lewis ou como seus colegas lhe chamavam Jack.

O livro reune as 7 crônicas escritas por Lewis (que na verdade foram publicadas separadamente) e que contam desde a criação de Nárnia em “O sobrinho do Mago” passando pelas histórias da Feiticeira Branca até (Spoiler, recomendo não ler essa frase aqui do lado, se não tiver lido o livro) o último rei e os últimos dias de Nárnia em “A última batalha” (Pronto, já pode lê), que resulta em 751 páginas, mais um guia com dicas para escrever para crianças, que vem no final do livro, mas que tem pouquissimas páginas -11-. As ilustrações maravilhosas que acompanham todos os cápitulos, um por um e todos os começos das histórias são da Pauline Baynes, quem ilustrou os livros originais. 

 
Talvez isso já tenha acontecido a você em sonho, quando alguém lhe diz qualquer coisa que você não entende mas que, no sonho, parece ter um profundo significado – o qual pode transformar o sonho em pesadelo ou em algo maravilhoso, tão maravilhoso que você gostaria de sonhar sempre o mesmo sonho”
pág. 133

- No nosso mundo – disse o judicioso Eustáquio – uma estrela é uma enorme bola de gás inflamável.
- No nosso também, meu filho, mas isso é de que uma estrela é feita não o que ela é”
pág. 498

Mesmo com histórias (ou melhor, crônicas) diferentes, você percebe o mesmo jeito de levar a narrativa e de descrever os lugares e as pessoas de C.S lewis, assim você vai seguir lendo o livro no mesmo “ritmo” o ritmo de Lewis, em outras palavras você não vai perceber taaaantas diferenças entre as histórias, exceto é claro no enredo que vai mudar.

Eu tinha pensado em terminar a resenha falando mais sobre o livro, o que eu achei e talz. Como sempre em minhas resenhas eu começo falando um pouco sobre o livro em sí, depois uma sinopse e aí termino com minha opinião e com a classificação, mas como eu poderia fazer uma sinopse do livro se ele é dividido em crônicas distintas? O jeito mesmo era dividir, falando sobre cada uma das crônicas, mas ficaria bem grande tanto pra vocês como pra mim, então eu decidi: O começo e o fim, as duas crônicas (muito importantes) a primeira e a última que mesmo sendo importantes não foram feitos os filmes e foi esse o jeito que eu decidi fazer/terminar a resenha, certo?
Minha querida Susana – disse o professor, fitando ambos com um olhar penetrante – há um plano ainda não sugerido por ninguém, e que talvez valha a pena experimentar.
- Qual?
- Cada um trate de sua própria vida.”
pág. 124

Mas em vez de adormecer, estava cada vez mais desperta...desperta daquela forma estranha e sonhadora, como se está às vezes em plena noite.”
pág. 347

O Sobrinho do Mago
Tudo começa com Digory, Polly e o tio de Digory (tio André). Digory e Polly são amigos e tio André é um homem já velhinho, ele quando mais novo tinha uma madrinha que era uma das únicas mulheres do nosso mundo que tinham sangue de fada. Antes de morrer ela deixa para ele uma caixa com um pó vindo de uma civilização muito antiga, da Atlantida e esse pó está relacionado as muitas idas e vindas de Nárnia...

ps. Se você quer saber o final de Digory, ele vira um famoso professor, bem rico, herda uma casa de campo e vive lá, quando ele já está velhinho os meninos (Lúcia, Pedro, Edmundo e Susana) vão passar um tempo com ele em “O leão, a feiticeira e o Guarda-roupa” quando encontram um guarda-roupa mistérioso e aí, bem isso já é outra história, ou melhor crônica...
Chorar funciona mais ou menos enquanto dura. Porém, mais cedo ou mais tarde, é preciso parar de chorar e tomar uma decisão.”
pág. 597

Olhou para uma bétula prateada: teria uma voz doce e cascateante e seria uma mocinha esbelta, com longos cabelos esvoaçando à volta do rosto, e que gostava de dançar. Olhou depois para o carvalho: velhote, alegre, de cabelo grisalho e barba frisada, rosto e mãos cheios de verrugas donde brotavam pelos. Depois olhou para a faia, debaixo da qual parara, e pensou que seria ela a mais bela de todas – uma deusa graciosa, suave e imponete, a senhora dos bosques.”
pág. 347

A Última Batalha
A última batalha é mais “pesada” que as outras crônicas tem mais morte, batalhas e não é tão contos de fada como as outras, mas ela é mais emocionante, tem um monte de coisa acontecendo ao mesmo tempo, enfim é uma história louca, de uma maneira boa, é só esse o adjetivo que eu consigo dá a ela.

O começo é assim Um macaco (chamado de Manhoso) e um jumento (confuso). O macaco costuma fazer sempre uma chantagem emocional para convencer o jumento a fazer o que ele quer do tipo “Aí, se você não fizer isso, eu mesmo vou, mas deixa eu posso até morrer e você não, já que é assim, já que quer me ver morto, eu vou” não gosto disso, sério. O pobre do jumento faz tudo, até que um dia uma pele de leão aparece misteriosamente ~coisas subrenaturais, música de suspense~ no lago que fica perto de onde eles vivem e Confuso vai lá pega a pele e a veste (a mando do macaco, obvio) como se já não bastasse o macaco pede para que ele se passe por Aslam! Pode um negócio, desses? Mas ai em um ato inacreditável... Vai lá e novamente obedece o macaco, vestindo a pele e fingindo que é Aslam e a bagunça começa. O macaco planeja vender animais escravizados e madeiras das Driádes e das Naiades¹, para a Colormânia² que vive sob os poderes do deus do mau Tash, virando o rei de Nárnia e de quebra ganhando muito dinheiro sob a farça do Jumento. Esse é só um lado da história, do outro lado vem: Eustáquio, Jill, Precioso e Tirian que vão tentar vencer a última batalha, mas isso é só o começo...

1. Driádes e Naiades são Espíritos das arvorés
2. Colormânia é o reino que faz fronteira com Nárnia, as pessoas moradoras desse reino, vivem sob os poderes do deus Tash ou Tashbaan.
Notaram que este tomava um ar modesto... O mesmo ar que as pessoas assumem quando visitamos o jardim que fizeram ou lemos uma história que escreveram”
pág. 133

Até o leão chorou: Enormes lágrimas de leão, e cada lágrima era mais preciosa que toda a Terra, ainda que esta fosse um imenso diamante. E Jill observou que Eustáquio não parecia um menino chorão, mas um homem ferido de dor adulta. Ali naquela montanha, as pessoas não pareciam ter uma idade determinada.”
pág. 623

O que eu achei:
Eu gostei do livro e de cada crônica, acho que não dá pra escolher uma em especifico, porque cada uma tem seu charme e em cada uma você descobre um pouco mais sobre Nárnia e sobre a vida das pessoas que vivem e que vão para Nárnia, de qualquer maneira. Eu gostei bastante das que tinham Lúcia, Pedro, Edmundo e Susana, porque eu meio que “conhecia” eles, mas amei as outras (O sobrinho do mago, O menino e o seu Cavalo, A Cadeira de Prata e a Última Batalha), cada uma é especial e cada uma te ensina uma coisa e te deixa com ainda mais vontade de conhecer Nárnia, afinal, quem não gostaria de ir pra Nárnia né?

Pronto? Já! Para Nárnia e para o Norte!”
disse Brirri-rini-brini-ruri-rá ou Bri. Um cavalo Nárniano, de nome estranho, mas afinal, tudo acontece em Nárnia.

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