Voltando

Estou um pouco enferrujada quando o assunto é escrever. Nem lembro mais quanto tempo faz que eu não publico N-A-D-A aqui. Desde lá, eu venho refletindo sobre algumas coisas e quanto mais eu tento saber, menos eu sei! O ano que passou me trouxe algumas viagens, alguns conhecimentos, algumas pessoas  e principalmente: muitas incertezas.

Mas essa conversa não é sobre incerteza (vamos mudar de assunto um pouco, pra variar). Muitas coisas pequenininhas aconteceram e nada mudou. Aqui dentro algumas ideias saíram e outras se instalaram. É, na verdade, muita coisa mudou. E você sabe, o blog é o reflexo de quem o escreve, então, ele também tem que mudar um pouco. 

Venho colocando o estudo em outro patamar, eu acordei e percebi que apesar de estar no nono ano, preciso me esforçar mais para conseguir algumas metas, por isso, as dicas para estudar melhor e o conhecimento que eu adquirir com este estudo vou repassar para vocês. 

Mas estudar não quer dizer, se privar da sua vida e da sua saúde, ok? Também quero melhorar minha saúde: sou muito preguiçosa, como besteira todo dia, não cuido do meu corpo como ele merece. Sei que tem muita gente assim também, quem quiser pode vim comigo nessa de ser saudável. 

E por fim: não só o corpo, mas quero cuidar da mente, do coração, da alma! Melhorar a cada dia, tenho só 15 anos, mas vocês podem aprender comigo também, tá? 

Além dessas mudanças, hoje penso no blog não como uma obrigação, mas como um diário, o que ele realmente é. As coisas que eu aprender, viver, conquistar vão ficar gravadas aqui, as pessoas que passarem por minha vida e as lições que elas deixarem, serão gravadas também. Eu espero que minhas palavras, bobeiras, piadas sem graça, te animem, te ajudem, enfim que vocês gostem deste pequeno (mas não sem importância) reflexo da minha vida, que a partir de agora vai ficar bem mais eu.

A pequena história de uma grande gata

Essa já é a segunda noite sem você, sem o teu corpo quentinho, sem aquele ronronado baixinho, sem a pelugem que você soltava por todo canto. 

E depois de tanto adiar, eu precisava escrever isso pra você. 


Setembro, 2015

Essa pequena história começa um ano atrás, quando, na primeira semana do mês nove, eis que uma gata rajada e seus quatro lindos gatinhos desembarcam no quintal de minha casa.

Sim, essa história começa com gatos pousando quase de para quedas aqui em casa. 


Dizer que a minha avó não gosta de gatos é um eufemismo tão grande quanto dizer que eu gosto muito deles. O conflito estava feito. A dona da casa não queria saber de gatos "Quando eles crescerem mais um pouco a gente vai dá pra alguém" e a neta dela estava louca pra ficar"com pelo menos um"

Encontrar alguém que quisesse um gato demorou, cinco meses pra ser mais exata, sim isso tudo. Foram uns meses loucos e muito felizes, de gatos pulando em cima de camas, de armários, subindo em árvores, mordendo tudo que estivesse distraído pelo chão. 


Fevereiro, 2016

No período janeiro/fevereiro todos eles já tinham sido doados para alguma casa de alguma família conhecida, menos uma.

É aqui que começa a história de uma gatinha que foi forte até o último pulsar.

A gente chamava ela de Ana, aninha, e todas as variações que provinham de gato: gatinha, bichana.


Como ela era, definitivamente, nossa gata, tínhamos que dar vacina de dois em dois meses para que ela não ficasse prenha. Mas ela foi mais rápida que a gente, antes mesmo que déssemos a vacina, ela engravidou. 

E lá se vinham mais três gatinhos.


Em alguma sexta-feira de Abril de 2016

Foi em uma Sexta feira que nasceram os três novos habitantes da casa. A nova mamãe gata havia passado o dia desaparecida. Depois de algum tempo encontramos a gatinha e seus filhotes. 

Novamente foi aquela bagunça, gato pulando, arranhando e correndo pelo meio da casa, e todo mundo procurando alguém que pudesse ficar com eles. 

Felizmente eles também encontraram donos que continuam cuidando bem deles até hoje. 


Depois que os gatinhos foram, cada um pra sua nova casinha, novamente aquela gatinha preta e branco ficou.

Ela era nossa companheira, dormia em uma salinha fechada com sua caixinha de areia, sua ração e sua água. Outras vezes ela tinha que dormir no quintal, quando, no máximo, costumava passear pelo nosso próprio telhado ou só pelo quintal. 

Mas foi em um em uma dessas vezes, em que aconteceu.

Nossa gatinha havia sumido há dois dias. Chegamos a chamar o nome dela no quintal ou balançar o pote de ração, mas ela não veio. 

2 de Setembro, 2016

De manhãzinha cedo, depois que fui pra escola, meu avô que estava saindo de casa, viu aquele bolo de pelos preto e branco na esquina. Machucada e com mordidas na orelha e perto do pescoço. Seis horas da manhã, uma pequena, forte e esperta gatinha estava sofrendo depois de um ataque de cães. 

Por quê? Por que com uma criaturinha tão pesquena e tão teimosa? 

Só tivemos como levá-la para o veterinário, que fica na cidade vizinha, um pouco mais tarde. Antes disso, minha avó, sim aquela senhora que não gostava de gatos, cuidou dela, deu leite e água. 

Foi então que eu cheguei, sem saber de nada do que havia acontecido, descobri tudo por minha mãe.

Então, conseguimos finalmente levar a gata para o veterinário. Foram trinta minutos difíceis para dizer o mínimo. Dentro de sua cestinha, a gata tentava encontrar a posição menos dolorida. 

Antes de chegarmos, enfim, ao veterinário, ela estava no momento mais crítico: arfava e movia o corpinho machucado em desespero. Estávamos na porta do veterinário, que recebeu ela com 42º de febre e que cuidou dela e lhe aliviou a dor. Depois de alguns minutos ela se acalmou, mas continuou forte. 

Ela passaria a noite alí, mas nós não poderíamos ficar. Mesmo assim, ela lutou feito uma guerreira, e de noite ela já dava sinais de melhora. Passou a noite bem melhor. "Ela vai viver!" foi o que eu pensei.

Existe uma crença de que antes de morrer, animais ou pessoas costumam ter melhoras animadoras. Tem um gosto amargo viver isso na pele. 

De madrugada, ela chegou a se levantar, lutar contra a infecção interna. Beber água.

Mas acabou não resistindo. Teve uma piora e nos deixou. 


5 de Setembro

Ainda existe aquele vago, aquele frio da sua ausência. Você passou só um aninho -entre ronronados e bagunças- e você já deixou tanta saudade

Descanse em paz minha pequena. 


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